domingo, 8 de agosto de 2010

PAI

Pai é aquele que faz das tripas coração para agradar seus filhos. O que ensina sobre os perigos da vida utilizando-se de suas experiências, e que sofre quando aquilo que ensinou não foi o bastante para livrar sua prole.
Chama a atenção do filho sentindo mais dor do que o próprio filho que recebe a bronca.
Sente-se impotente diante do fato de ter que aceitar uma punição dada por estranhos àquele que um dia carregou nos braços.
Desespera-se quando falta dinheiro para abastecer a dispensa que mantém a família ou mesmo quando não consegue fazer algo para proporcionar sua felicidade plena.
Pai é aquele que muitas vezes peca pelo excesso, e na expectativa de agradar pode muitas vezes prejudicar sem o querer; que participa dos momentos bons e ruins sempre tendo que se manter forte para não transmitir insegurança ou mesmo tomando o cuidado ao também não transmitir segurança em excesso, para que não sejam subestimadas as adversidades que o filho encontrará na vida.
Recebe notícias tristes e no entanto sua face permanece confiante para depois chorar sozinho por não ter conseguido evitar a causa da tristeza.
Em determinados momentos fica dividido quando os filhos se desentendem e nessas ocasiões é obrigado a resolver a questão sempre tendo que permanecer ao lado de ambos, demonstrar que aquele que tem razão deve sempre perdoar o outro e buscar o entendimento porque noutro dia poderá ser o contrário.
Pai é aquele que une o que o tempo e a vida buscam separar; que dá tudo de seu suor para os outros sem pensar em si; que busca entendimento até nos momentos difíceis em que as amarguras são tantas que as forças humanas sozinhas tendem a não suportar, mas ele está ali, firme, seguro, porque sabe que tudo é questão de tempo e que somente o tempo vai trazer a solução.
Pai é amor, vida e respeito.
Ser pai é vencer na vida sem nunca ganhar uma batalha, contudo, não desistindo nunca para não perder a guerra.
A todos, um feliz dia dos pais.

sábado, 30 de janeiro de 2010

O DIREITO NA SUA SIMPLICIDADE.

O direito, ressalvadas posições divergentes, deve ser aplicado com praticidade e sem interpretações que demandem fatores intelectuais acima do normal.
Seria o que se diz no popular, o direito deve ser aplicado sem procurar pêlo em ovo.
Esse negócio de cada Juiz poder dar ao mesmo caso interpretação diversa foge, na minha modesta opinião, às expectativas da sociedade, transformando o julgamento numa arma letal ao direito do cidadão.
Pode-se até usar como exemplo a perseguição política, que nada mais é do que uma autoridade valer-se de seu momentâneo poder para interferir prejudicialmente na vida de determinada pessoa sob pretextos dos mais variados e/ou transformar a vida do cidadão em um inferno impedindo-o de trabalhar, construir, andar, enfim.
Porém, ante ao julgamento dos árbitros, a atitude da autoridade poderá ser considerada correta e estará amparada em lei. Ocorre que para tais julgamentos dever-se-ia levar em consideração se a autoridade age da mesma forma para todos e em face de todos, caso contrário, ainda na minha modesta opinião, estar-se-ia havendo a perseguição política.
Se começar os julgadores dar interpretações complexas e múltiplas para casos iguais e de simples soluções, e até mesmo buscar aplicar o direito para gerar embaraços na vida da pessoa se apegando a meros e inexpressivos detalhes, estar-se-á decretando o fim da expectativa de justiça e criando condição para que o direito seja utilizado de forma inescrupulosa sob o manto da preservação do interesse público.
Para citar outro exemplo, este bem simples, veja-se que o singelo ato de andar na rua pode ser interpretado como crime, pode parecer absurdo, mas qualquer interpretação de um delegado de plantão com a finalidade de prejudicar alguém, pode prender o cidadão por vadiagem afirmando não ser convincente sua explicação de que estava andando para espairecer.
Isso é o direito.
Até o Juiz corrigir a ilegalidade, o cidadão já passou dias na cadeia.
Desse modo, o direito deve alcançar os iguais e os desiguais da forma mais simples e pratica possível, caso contrário não será direito ou justiça o resultado e sim um pretexto burocrático para buscar perseguições e punições ilegais.